Servidor é suspeito de ser 'informante' de empresa de alimentação hospitalar em investigações do MPDFT

Segundo polícia, investigado era chefe de gabinete da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MP. Investigação aponta que Salutar recebeu favorecim...

Servidor é suspeito de ser 'informante' de empresa de alimentação hospitalar em investigações do MPDFT
Servidor é suspeito de ser 'informante' de empresa de alimentação hospitalar em investigações do MPDFT (Foto: Reprodução)

Segundo polícia, investigado era chefe de gabinete da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MP. Investigação aponta que Salutar recebeu favorecimento em contrato de R$ 300 milhões com Iges-DF. Servidor é investigado por favorecer empresa de alimentação hospitalar no DF A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (1º), uma operação contra um ex-chefe de gabinete da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (PROSUS) do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT). Os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do investigado. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Segundo as investigações, ele é suspeito de receber, pelo menos, R$ 200 mil para repassar informações da 1ª PROSUS para a empresa de alimentação hospitalar Salutar. A TV Globo apurou que o servidor, atualmente, está lotado na Procuradoria-Geral da República (PGR). Em agosto desse ano, a polícia apontou que a Salutar recebeu suposto favorecimento em um contrato de R$ 300 milhões para o fornecimento de alimentos aos pacientes das unidades de saúde administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). Polícia Civil faz operação contra favorecimento de renovação de contrato no Iges-DF PCDF/Reprodução Em nota, o MPDFT afirma que as provas foram colhidas em "outro inquérito aberto por requisição do próprio" Ministério Público. "O referido servidor já estava sendo investigado internamente em processo administrativo disciplinar e foi afastado do cargo, tendo solicitado remoção para outro ramo do MPU, onde está lotado atualmente", completa o MPDFT (veja íntegra da nota abaixo). Segundo a Polícia Civil, os suspeitos podem responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de capitais. Se condenado, eles podem pegar até 30 anos de prisão. A operação desta sexta é coordenada pela Delegacia de Repressão à Corrupção vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DRCOR/DECOR) e tem apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (PRODEP) e da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (PROSUS). 'Operação Escudero' A primeira fase da operação foi deflagrada em agosto deste ano. Segundo a polícia, houve suposto favorecimento no contrato de fornecimento de alimentos aos pacientes das unidades de saúde administradas pelo Iges-DF. O contrato vigente tem validade até o final de julho de 2025 e o valor ultrapassa R$ 300 milhões. As investigações apontam que o serviço é prestado de forma precária: há falta de insumos; atrasos nas entregas; carência de equipamentos adequados à produção de alimentos. Segundo apuração da TV Globo, os suspeitos da primeira fase são Caio Valério Gondim Reginaldo Falcão, diretor vice-presidente do Iges-DF; e Antônio Carlos Garcia Martins Chaves, diretor de administração e logística do instituto — os dois foram afastados do cargo temporariamente após reunião extraordinária, na tarde desta quarta, presidida pela secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A empresa investigada é a Salutar, e o seu responsável, Valdenis Barbosa da Silva. Em nota, o Iges disse que aguarda o andamento das investigações e que vão fornecer "todas as informações necessárias para o esclarecimento dos fatos". A Salutar afirmou, também em nota, que "recebeu com surpresa" a operação da Polícia Civil e que colabora "para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos". Caio Valério preferiu não se pronunciar e a reportagem não conseguiu contato com Antônio Carlos. "Especialmente considerando que, aproximadamente há um mês, a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPDFT (Prosus), durante uma reunião de prestação de contas, destacou os avanços significativos que implementamos na gestão do contrato. Reafirmamos nosso compromisso com a ética e a legalidade em todas as nossas ações e continuaremos trabalhando para garantir que nossos serviços atendam aos mais altos padrões de qualidade e segurança", diz a Salutar. O que diz o MPDFT "Em relação às notícias a respeito de servidor do MPU que foi alvo de mandado de busca e apreensão, o MPDFT informa que existe inquérito policial específico, instaurado a partir de provas colhidas em outro inquérito aberto por requisição do próprio MPDFT. O MPDFT também informa que o referido servidor já estava sendo investigado internamente em processo administrativo disciplinar e foi afastado do cargo, tendo solicitado remoção para outro ramo do MPU, onde está lotado atualmente. O MPDFT tem atuado no caso, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) e da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), para que os fatos sejam esclarecidos e os envolvidos em ilegalidades respondam judicialmente por seus atos. É importante reforçar que o Ministério Público repudia e combate qualquer tipo de prática criminosa, sobretudo entre aqueles que foram admitidos no serviço público com o compromisso de atuar pela ordem jurídica." LEIA TAMBÉM: FRAUDE: trio é preso suspeito de clonar telefone de correntistas do BRB e acessar aplicativo para furtar dinheiro CORREIOS: polícia investiga grupo suspeito de falsificar RGs para retirar encomendas de outras pessoas Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

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